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TELA

TELA
DENILSON DOS SANTOS
mai. 25 - 1 min de leitura
010

A paixão que sentia por ela

Era coisa bem singela

Tão bonita, e tão sincera

Que cheguei a pintar numa tela

 

Com o azul que cobria o céu

E do alto beijava o mar

Pintei os seus olhos serenos

Para o mundo se admirar

 

E o mundo se admirou

 

Do amarelo que era feito o sol

E que com o ouro se parecia

Dei vida aos seus lindos cabelos

Causando inveja ao dia

 

E o dia sentiu inveja

 

O corpo, escultura dos deuses

A pele, um pomar de maçãs

Formosa tal qual uma vênus

E o mundo morria de amor

 

E o mundo te amou

 

De todas as cores usei

Para ilustrar a paixão

Só deixei o preto de lado

Para não causar má impressão

 

E não causou

 

Depois de pronta a tela

Que ao preto ignorava

Fui eu, ao encontro correndo

Mostrar-lhe a obra acabada

 

E    então mostrei

 

O dia tornou-se escuro

E a fé que eu tinha acabava

Quando olhou nos meus olhos sorrindo

Dizendo que a outro amava

 

E então, amou

 

Sem chão e sem céu eu fiquei

Casando-me com a solidão

Voltei atrás com o preto

E pintei o meu coração.

 

 

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