Eu, que sempre fui tão cheia de amor,
Acreditei no seu "me desculpe"
Que não demora a me decompor
Logo após se esclarecer.
Tornei-me anfitriã dessa dor
Que todos os dias me sucumbe,
É o efeito devastador
Causado em mim por você.
E quem há de aguentar?
Ser rejeitada, brutalmente assassinada por quem deveria amar?
Você, que sempre procurou meu leito,
Não se cansa de me repudiar.
Quando penso no real motivo
Do seu ato egoísta, tão vulgar
Fico triste, sem consolo
Não há valor no que você me dá
Devo então fazer chover
Inundar as ruas com caos
Lide com que eu for devolver
Tempestades, escassez de mim
Pra mostrar ao seu ego-ser
Que não devo ser tratada assim
Com tanto desprazer
Se me findo, eu te levo junto
Meu adeus, teu perecer.