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Escrevo não-poesias

Escrevo não-poesias
Uelber Barbosa Silva
jul. 17 - 1 min de leitura
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Escrevo não-poesias

Minhas mãos são lentes

Fodam-se as formas vazias

É muito deprimente

Minha mãe dizia 

Vento forte trás a calmaria

Lembrei dos meus rolês no Forte Humaitá

Um, dois e bola

Mão de cola 

Eu queria morar lá no mar 

Sentado em rodas de bamba

Ao som do berimbau

Violão na mão

Suingando enfrentei a solidão 

Eu gosto mesmo do lamento, não é mimimi

Já convivi com a fome

Pra ela eu não vou rir

Eu me sentia só

Na roda com os irmãos

Tanta loucura coletiva

É muita depressão

Catarses constantes na miséria 

Aqui jaz, quantas vidas?

Seja sincera

É justo trabalhar para sobreviver 

Fazer de outro rico e nunca ver seu plano acontecer

Como eu queria te levar praquela praia ensolarada

Que você tanto gosta

Criar aquela linda rima

Que vai eternizar a melhor parte da nossa história

Mas agora a maior prova de amor que poderei te dar

É usar máscara e ficar no meu lar

Não entro nessa onda errada do presidente 

Quantas mortes a mais deixará ele contente

O Brasil não é país para amadorismo

As mineradoras estão causando vários genocídios

A comoção social é para poucos 

Vivemos numa guerra de todos contra todos

Eu vejo a esperança e ela parece o desgosto

Ou se entende que não dá para retroceder 

Ou seremos tragados sem ver o sol renascer

 

A luta é pra frente

É pra frente que se anda

Vamos pra cima deles

Viva a revolução

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