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Alguns bilhõezinhos de anos

Alguns bilhõezinhos de anos
Cláudio Costa Val
fev. 16 - 3 min de leitura
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Não, o mundo não começou com Adão e Eva, ok? Contar procês que este casal nem existiu. Noé também não, beleza? A arca nem saiu do papel. A prova disso são os pernilongos. Por que alguém haveria de colocar um casal de pernilongos dentro dum barcão, feito de madeira e cipó, sem leme e tripulação? E o que dizer das baratas? Uhñ?  

Querem conhecer a treta certa? Querem saber como este planeta azul (e redondo, hein?) surgiu? Procurem no YouTube, é facinho. Há muita coisa boa, compromissada com a ciência, e não com lorotas milenares. 

A National Geographic Channel produziu um documentário bacaníssimo, sobre a origem e a evolução da boleta que habitamos, não respeitamos e, provavelmente, destruiremos. A obra tem duração de 1h34m01s e é muito instrutiva. 

Fiquei impressionado. Sempre fico, quando se trata daquilo que encanta e comove. Algumas coisas já ouvira falar, estudara nos tempos da escola e/ou descobrira numas pesquisinhas que me apetecem. Mesmo assim, não me lembrava dos 4 e ½ bilhões de anos que nos separam da origem do mundo. Tempão... E reparem que o planeta é ainda jovem, está na metade da sua história. Se fizermos analogia à vida de um ser humano, a Terra deve ter uns trintinha. Novinha pra dedéu. 

Nos primeiros bilhões de anos, nada de vida. Nadica. Só havia muiiiiita lava, meteoros a rodo, gás, gelo e um sem número de cataclismos colossais. Não era fácil, bicho. Nosso orbe, hoje completamente preenchido por vida, nasceu do caos. 

Certa vez, ouvi: “é da desordem que nasce a ordem e Roma é o exemplo por excelência disso”. Vou deixar Roma para lá; não estou interessado em falar sobre Roma. Por ora, não. Talvez, logo mais, tomando um bom vinho. Mas o restante da afirmação, sim; inspira-me. Afinal, inspire bonum fabulis ad me

Deixando os autocratas latinos pra lá, a citação anterior me faz lembrar a “Teoria do Caos”. Vocês, leitores, aculturados feito os romanos, já ouviram falar disso? Ufa, ainda bem. É importante saber. Significa que não estou escrevendo bobajada (“bobajada”: s.f. “ação daquele é que bobo e/ou que pensa bobagem”). 

Mas, por que escrever sobre isso? O que há de tão importante num documentário sobre a formação da Terra, a ponto de sustentar o texto deste humilde escriba? Por que se preocupar com o passado tão remoto, enquanto Pantanal e Amazônia vivem em chamas e o presidente de vocês vocifera que a culpa é dos índios e dos caboclos? Para que perder tempo com a Terra que não é plana? 

Farei o seguinte: deixarei a conclusão para vocês, beleza? Entrementes, permito-me apontar um fiapo de matutar: quanto tempo vive um ser humano? Em média? Quantas vezes vocês já pararam para pensar nisso? Quanto tempo vocês gastam com pequenezas? Há quanto tempo vocês aprovam, praticam e propagam discursos nocivos à vida? Quanto tempo nosso planeta ainda existirá, mesmo depois da extinção da espécie humana? Dava para perguntar um bocado de coisas, mas, por hoje, basta. 

No mais, os interessados que respondam, façam suas conexões e concluam.

Pax et Amor.  

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