Em tempos líquidos, quando se vê já se foi. Adormeceu o costume, o hábito. Agora a realidade é vazia, dura, sem aproveito. É urgente voltar para a terra, o plantio, a roda, o vagaroso...
As notícias não são boas. Ofensas, agressões, assassinatos, doentes amontoados em hospitais, tudo ao vivo e a cores disputando liquidações.
É hora de ouvir o silêncio.
Não desperdiçar nada. Os inesperados se valem das experiências aproveitadas, vai se juntando para na hora do aperto.
Aproveitar é guardar as boas sobras.
O que não foi aproveitado? Que se perdeu, desperdiçou, ficou por fazer, por sentir, olhar, cuidar...
Em que momento o tempo escapou?
Tanto trabalho, cobrança, exigência.
Vai se executando no automático. As contas vencem. Tudo caro demais.
É preciso parar e dizer que não somos robôs.
É hora de ouvir o silêncio.
Helena Soares Aphonso
01-12-2020
Sigam-me no Instagram
@lei_ame
@helenaphonso
Conheçam meus livros/e-books na Amazon Kindle
For da alma
No tempo do olhar
Guerreira invisível