Escuta! Pois tenho muito a dizer
E de todas as vozes que entoam cantos delirantes
E canções hipnotizantes… me faço escrever
Escuta-me sem filtros e sem ego
Pois meu coração dolorido e sincero
Arrependido e agora quieto vem a natureza redimir
Loucos somos em nossos sonhos… matando a vida pelo ganho
Em que loucos ignoramos o quanto de tempo desperdiçamos
A Verdadeira Essência, Criança, ser humano
Pois mais louco ainda é pensar em minha vida… enjaulado ainda… no muito querer e no sempre buscar
Me vejo no momento
No fim do mundo
Fim do tempo
De sentar no muro adentro
Do casulo a balançar
O dualístico confronto
O fim
Do fim
Do que foi
Que sobrou do penoso rastejar
Nos tempos pandêmicos de hoje o mesmo loop de 100 anos...
Década de 20… 1920… Gripe Espanhola em meio ao turbulento início dos eletrônicos industriais pós-ante-guerras ditatoriais mundiais
Década de 20… 2020… Pandemia Mundial no centro do estopim partidarismo político, de gênero e étnico em plena era virtual sociais
O loop dualístico do degrau sistemático evolucionário do ilusório convívio comunal
Máscaras que encobrem os rotos ocos do real
A fantasia que andava de mãos dadas com a realidade agora se mesclou
O excesso de informação, oraculo Google da visão, no SER transbordou
De pensar teoricamente que sabe e não experimenta saber
De viver robô-escravo do seu bel e bem-querer
Fugindo desesperado da dor sofrer
Perseguindo com alegria o orgasmo prazer
Em ignorância ignorante ignorou ignorando o bem-viver
Vivendo a carne de instinto animal
O prazer do doce-amargo não-real
Como conhecer o que não se sabe que existe?
Como imaginar sem referências descritíveis?
Como saber o que é bem-bom se nasceu, cresceu e se educou no mal do mau?
… assim, somos pobres ignorantes da VERDADE e carente do REAL
... Se limitamos a FONTE DA ESSÊNCIA que chamamos de Deus em um palpite ao conceito do bom egoísta do nosso torpe partidário pesar...
Contraste de uma coisa só, habitante ignorante do mesmo lugar
Arrepende-te, também, agora!
Acabou-se o tempo!
Desate o nó!
Para que a energia possa fluir
Sem conceitos de você e de mim
Onde a relevante permanente imaterial ARTE possa ser mais do que o insignificante descartável material artista
E a cultura seja apenas CRIATIVA
Se perdendo no bailar de uma ginga
Pela canção de uma voz feminina
No quadro do pintor que apenas imita... delimita... limita
A VERDADEIRA ARTE: quadro, palco, letra, tela, canção da existente vida