É como se fossemos aliados
Atrás de um grande disfarce,
Que quanto mais lutamos,
Nunca veremos a face.
Os olhos do medo
Esperam um ruído,
A ação do desespero
É uma ruína em perigo.
Vou virar antropófago
Minha vítima é você
Cuidado no que eu faço
Para conseguir sobreviver.
Ainda que entendesse
A língua dos animais,
Seria fala sem significado
Submisso ao dinheiro dos canibais.
Tenho que andar armado
Neste mundo sem fronteira,
Buscando e juntando aliados
Formando uma grande barreira.
Mundo de imundos
Onde comemoram a fome,
Deixa milhares de vagabundos
Esses imundos sem nome.
Pedro Ferraz Bezerra de Souza.