A soberania popular foi testada e resistiu
Aos arroubos de um fracassado golpe de Estado.
Os vermes fascistas,
Combatentes do obscurantismo,
Armados de ignorância até as gengivas
Esfaquearam quadros de Di Cavalcante,
Destruíram salas do Senado,
Mijaram na Câmara.
Eram porcos sujando os palácios do poder,
Crentelhos que pediam a benção
De Cristo em nome da depredação.
Mas se diziam cidadãos de bem
E que desejavam violentamente
Depor um presidente
Que democraticamente
Foi eleito ao poder.
No esgoto social,
Catando restolhos da ignorância coletiva,
Os bolsonaristas aplicaram
De vez o cancer golpista
No corpo já anêmico do país.
Nos picos ditatoriais
Desejavam o futuro vivido
Entre fogueiras e sandices.
Nada de respeito, rompimento de toda civilidade.
Monstros, terroristas, canalhas,
Renovadores do medievo, do nazismo
E de 1964 na tentativa de sequestrar o país
E tomba-lo na epiderme composta de censura.
Mas perderam a batalha,
São estrumes a ocuparem cadeias
E fétidas lembranças que
Permanecerá na memória do país.
Animais fuçando no lixo
Dizeres cheios de racismo,
Preconceitos de classe,
Insetos que a serem esmagados
Pelos braços do povo.