Mas que sol quente, minha gente,
Tanta rachadura, nessa terra dura.
Um vento que nos bate,
Sobre a chuva, só saudade,
Deitado na rede, mesmo com sede.
Vejo os pássaros passarem,
Em busca de um bom lugar.
As plantas secas, e sem água para molhar,
Por falta de chuva, fico sem trabalhar,
Peço a Deus, vida longa.
Para nessa sombra, poder falar,
Da minha terra, da minha vida.
No meu olho, só brilha,
A esperança, da chuva voltar,
Para que eu possa trabalhar.
Para minha família eu sustentar,
Que vida, que sofrimento.
Mas digo, sou feliz neste momento,
Agradeço a Deus por tudo, e pelo meu jumento,
No alto a esperança voa.
Deve vim de avião ou de canoa,
Não importa eu espero, é a esperança que eu quero.
Nem que eu torre, mas a esperança é a última que morre.
(Eduardo Jesus - 2014)