Recebi uma notificação me pedindo para me apresentar, escrever algo.
Apresentações podem ser caras ou baratas. Custosas ou vistosas. Quem diria quem sou além de mim? Quem contaria sobre esta minha existência um tanto patética, com doses cavalares de romancismo que me faz afogar em verbos e substantivos?
Sou uma testemunha, vítima de minhas escolhas. Sou pedra, rosa com uma frágil caneta chamada coração.
Recorro ao tempo para deslizar no horizonte tão retilíneo das folhas a história por trás de meus olhos.
Vejo através desta íris negra o que está ao derredor e sinto dentro do peito o amor e o medo.
A dor e o frescor da sempre repentina felicidade, alegria. O que dizer além disso? As estrelas? A lua? O Sol? As rosas? Estes são personagens secundários de meu coração. De minhas palavras em que o protagonista amor despeja através de tintas os sonhos, as dores e as alegrias deste velho escriba.
Paulo Marcos