Quem pode mensurar a dor do fogo que aniquila espécies
Que destrói as matas, a flora, causa solidão e entristece?
Será que a vida não advém da majestosa, original magia
Como corolário de uma evolução que a todos sempre cria?
Como se manter inerte enquanto as materialidades aniquilam
As diversidades, as formas mais belas de vida, as cores que brilham?
É uma corrida contra o fogo imposto, a poluição, o desmatamento
E ao chover, os pingos d’água (lagrimas) manifestam seu descontentamento
Outrora indagaram a razão, o aparecimento de novos vírus num dia
Quiçá seja a mãe natureza, numa repreensão as grandes covardias
Pássaros sobrevoam oceanos com plumas cobertas de petróleo
Tentam sobreviver, mas tombam, pretos e mortos diante de nosso olhos
Araras azuis, gavião real, peixe boi, ariranha, onça-pintada, as espécies
Todas em extinção em razão da invasão, da morte imposta à vida silvestre
Como não chorar, protestar, a esta extinção dolorosa e desmedida
Como pode a natureza não reagir à todas essas agressões tão descabidas?