O sono não faz moradia,
A noite se torna
Um caleidoscópio de memórias.
Horas madrugada afora,
As ideias me incomodam,
As derrotas pesam o corpo,
Sensações intensas
E arrependimentos
Sobre os últimos dias
Apedrejam o crânio.
Nada de descanso ao corpo
Enquanto a humanidade repousa em paz.
O desejo é que esta selva escura cesse,
Que essa vastidão de releituras dos
Atos acabem, mas não...
Uma, duas, cinco da manhã e
Sou enjaulado por indesejadas reflexões...
Na manhã seguinte
Pernas e braços estarão destruídos.
Olhos bem abertos
Em estado de vigília,
A insônia é intensa investigação
Sobre nós mesmos,
O sacudir das certezas,
O não repouso das calejadas pálpebras,
Arqueologia inquieta do passado,
Ceifador dos doces sonhos,
Invocação de pensamentos agressivos.