Impetuosa Agonia
I
Há uma alma agonizando no caminho
Na beira do monumento da vida real
Entre portos sem cais e espinhos sem rosas
Ao lado de lírios chuvosos
Carpideiros infaustos
II
Nas tempestades de agonias sentimentais
Nos ventos impetuosos fontes de relentos
O congelar de tais passados avessos
Num toque de gritos e silêncios
Alma derramada no chão do firmamento
III.
Nos prados a brisa sopra a dor
A bruma e sombras vivas de lembranças
No auge póstumo de severas piedades
Há um amor que decide ficar pra sempre
E dentro de nós se abrem em chagas de saudades…
(Clavio J. Jacinto)