O sonho é uma arte tão elevada!
A sacra genética do santuário da noite
Recreio da alma, asas do imaginário
A dimensão serena do mundo espelhado
As estrelas são pedras do mostruário celeste
Incrustada nas paredes do universo sem fim
Elas também adormecem em berço onírico
Hibernam na esperança da eternidade
Quando incendeia-se os recantos celestiais
O fogo acende a pólvora no cimo das nuvens
Almas e estrelas se atam num fio de jóias
Voando nas naves do pensamento sagrado
As estrelas não invejam a alma brilhante
Porque cintilando na noite elas também sonham
E eu, pobre sonambulo, sofro na euforia dos artificios
Por ver que não posso sonhar, sem ver as estrelas
Clavio J. Jacinto