A máquina viral acaba de mastigar mais um
E aos poucos seu epidêmico estômago range
Ao desejar a vida de mais um humilde ser humano.
Dos insetos retidos no poder apenas o troféu da ignorância.
Sentem-se correntes de palavras e perdigotos que são
Um arsenal de vírus que ardem pulmões e mentes.
Deseja mudar esse terreno infértil, este pútrido mundo?
Contra a terminal doença por hora não há muito que fazer!
Mas plante flores de sentimentos sobre o lixo.
Ame de forma sem medida, seja como for, sem arrependimentos.
Cuide dos próximos. É através do amor e da família
Que passamos pelos escárnios mundo afora com serenidade.
Leia reflexivos poemas de Drummond, ouça a sonora insatisfação de Belchior.
Coletivamente não seja um indiferente, um morto na história.
Junte-se aos oprimidos, humildes e desabrigados. Com eles
Cerre seus punhos e golpeie os governos insubmissos ao povo.
Cerre o punho para não ver a mão vazia diante do
Racismo, elitismo, fascismo e preconceitos de classe.
A vida é tomar partido! Por isso grite, proteste,
Remanche e desmanche os planos capitalistas deste mundo.
Uma hora se acerta duros golpes contra a ditadura do capital.
Tudo isso são formas de esboçar um novo mundo,
Mesmo que no agora o planeta esteja despencando.
Tudo está numa constante dialética, transformação...
Ame os outros e tende mudar a putrefação das coisas
Rumo à robusta arquitetura de uma nova vida.