Sujeito 4p, pai, preto, pobre e periférico,
Arquétipo daquilo que fui, sou e serei,
Mas, sem pretensão de ser profético,
Apenas poético, já que a faixa preta de Gaza superei.
Porém, ainda resido no oriente médio,
Onde no Iraque os feridos compram remédio,
Tem de todo tipo, isso dá pra escolher,
O que já não dá é não lutar para sobreviver.
Nesta guerra desigual, atual, que nos afeta,
A meta do oponente é manter tudo como está,
De vítima para vilão os feridos podem passar,
E a arte se transforma em armas no lirismo do poeta.
Aproveitando o ensejo, palavras já versei
De norte a sul e de leste a oeste vários palcos eu pisei,
As rimas foram o que usei para enxugar o suor do que caminhei,
A rua foi essência, o resto desenrolei.
Me inspirei, naqueles que me deram a vida,
Pois, sem esta dádiva eu não existiria,
Fiz o que pude, e hoje digo quem diria,
Que meu presente a eles fosse entrar na academia,
Com minha primeira formação em Sevirologia.
Autor: Jefferson Santos