cambaleando pelo caminho, eu saio,
cabelos rebeldes voando alto,
um sorriso esquisito brilhando os dentes,
passos tortos, descompassados,
um olhar cansado de parar, de seguir.
A pele queimada pelo sol fervente,
se arrepia com a brisa que toca.
Os ouvidos doloridos,
pelo grito de um pássaro qualquer,
se encolhem num zumbido, sem prazer.
E o ser estranho segue seu rumo,
passando pelo caminho sem laço, sem traço.
sem memórias ou histórias pra contar,
sempre em frente,
cantando uma velha cantiga pra animar,
uma cantiga que ninguém ouve
mais que o ajuda a caminhar.
brizak 25/01/2021