Teus olhos me enviam ao mar,
Certamente não devo confiar,
É que não aprendi a nadar
E posso então me afogar.
Teus olhos me levantam ao céu,
Transformando-me de vítima em réu.
Mas assumo qualquer papel,
Desde que tu sejas o troféu.
Teus olhos me levam ao fogo,
Por chamas altas eu rogo,
Mas peço não queimem logo,
Consciência alerta que a vida não é um jogo.
Teus olhos me lançam ao vento,
Faz surgir bom sentimento,
É hora de nosso entretenimento,
Vamos desfrutar ao máximo o momento.
Teus olhos me deixam na terra,
Sua escolha é segura e não erra,
Nos meus olhos você si enterra,
Assim o ciclo se encerra.
Antônio de Pádua Elias de Sousa
09/02/10