Sem rosto e sem memória
caminha sempre na contramão;
Não tem elos nem história,
não tem casa não tem chão.
O tempo não existe,
sentimento é ilusão;
bastardo de nascimento,
sem família, sem irmão.
Não tem cabeça,
não tem troncos,
nem os braços e as mãos.
Os seus pés são como o vento,
não tem alma e coração.
Revestido de poeira,
sobrevive sem razão!
Vida e morte não existem,
tudo é feito de ilusão.
Fragmentos de um ser,
intocável, invisível;
quase um ser, um animal,
imortal e desprezível.
Abjeto e amoral!
Oriundo do escuro
e do mais sujo lamaçal.
Criatura caricata,
estranhíssimo ectoplasma.
És destroços necrosados,
dos restos de uma utopia
que Platão a descrevestes,
e Alighieri retratastes!
Na tripartição tão sonhada
A mas vil da criação
Não seguistes quase nada,
Do que Montesquieu estruturou.
Criatura ambivalente,
presunçosa e real,
Forjado de terra e água
e de um suposto sopro Divinal!
Corrompido fostes sempre
pelas cifras e metal.
És tu o mais temido,
animal e imoral.
Na historia da civilização.
tu és o veneno letal!
Poesia dedicada aos políticos brasileiros e ao STF, publicada em redes sociais às vésperas das eleições de 2014, ocasionando o bloqueio de todas as contas no google incluindo os e-mails particulares.