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Poema - Pãodemel

Poema - Pãodemel
Arthur Fernandes Guimarães Rodriguez
mai. 31 - 1 min de leitura
020

 

Pãodemel

Cata-vento que gira no tempo,

ouve essa voz surda e tímida.

Vive e morre a cada respingo de exemplo,

invade meu corpo pelo ar e pela comida,

divide minha gente em suas moradas.

Uma a uma se foram as almas desperdiçadas,

nove camadas tão minuciosamente penetradas.

É fruto do sangue dessas línguas dilaceradas,

mas como pode romper a sociedade,

ou mesmo homem viver sem tato.

Retrato daqueles que ficam e vão pela cidade,

Tem jeito de displicência, mas astúcia de rato.

Errados sãos os ingênuos que só brigam entre si,

pois poucos são os que preferem realmente agir.

Rastejam como cobras enroladas em volta de ti

E esperam que você ainda possa sorrir?

Mesmo com descaso, medo e angústia,

entram em suas cabeças as tais dúvidas,

desde pretenciosos atos a falsas modéstias.

Ímpeto dos ignorantes e suas atitudes impávidas!

Todos somos restos de uma esfera quebrada,

até mesmo àqueles que tem tudo,

desfrutam o sabor de não ser nada.

Agora, só aguardo um ato deste povo mudo.

 

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