Abro a janela do quarto e, vejo a chuva... banhando a terra, as árvores, saciando a sede dos pássaros e, alí, enxergo a alegria que se propaga lentamente, sinto o perfume da pureza no ar. Entre as gotas de orvalho há relampejos de outras vidas, lágrimas, sorrisos, saudade.
Abro a janela ao amanhecer e, ele está lá, esplendido e imponente, clareando o caminho, amado sol, sigo em frente. Da minha janela, te vejo, te enxergo, te noto, te observo.
Meu cajueiro, teu espírito é forte, e como você, sigo para ser livre, sendo um dia semente e, no outro uma linda árvore, e assim, como eu, somos sobreviventes. Como num cântico sagrado quero em teus ganhos me aninhar, me sentir amada por ti.