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Nostalgia

Nostalgia
Regiane Bueno
jan. 24 - 2 min de leitura
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Cheirinho de terra molhada, brincar na chuva ficou lá pra trás.

Procurar joaninhas coloridas, querer pegar vagalumes e tanajuras, agora não se faz mais.

Amarelinha na terra vermelhinha, o sapo sempre assustava alguém.

Ciranda, esconde esconde a tardinha, pular corda, pião nossa me lembro bem.

Cantigas de roda ou de folclore usávamos a imaginação.

As vezes saia briga, mas na maioria era só diversão.

Quando chovia acabava a luz, aí o faz de conta acontecia, a vela e a mão produzia.

Reciclar fazia parte, todos sabiam criar e fazer arte, desde a lata para virar pé de lata, ao pedaço de madeira para taco virar.

Ter dinheiro era riqueza, computador e games não se tinha não.

Na verdade era luxo que pra gente não valia, o que se queria mesmo era um pedaço de pão.

Saudades da infância, tempo bom que não volta não!

Todos brincavam na rua, mas perigo não se conhecia, porque a inocência ainda se tinha e os que não a possuíam se escondiam lá longe, fora do quintal.

Trevo de quatro folhas era um tesouro, que todos queriam achar, hoje ainda me pego procurando, achando que sorte ele vai dar.

Brincadeira de lutinha, subir em arvores e pegar fruta no pé, quantas vezes doía a barriga e voltava com a roupa rasgada e um ralado que ardia, mas que sabia que em casa tinha a mãe esperando com o chinelo, é ou não é?

Caderno de caligrafia na escola se usava, me lembro da mochila que no final do ano todos assinavam.

Mas vou parando por aqui porque comecei a soluçar, lembrando da infância, do tempo bom que não vai voltar...

 

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