Esse pássaro que você alimenta
com pão e vinho,
um mimo cotidiano
pro retorno eterno
sem hora marcada.
Sagrado encontro
entre brisa e a alvorada.
Desperta a mesmice,
dá asas à memória
que atravessa as eras.
Espera! Eu também migro.
E a ventania me leva
ao desconhecido.
Deslizando em nuvens macias
brancas e andantes
que me acompanham na jornada
com regresso certo,
sem hora marcada.
Travessia da precisão
Travessia da sobrevivência
Travessia da beleza
na busca por abundância.
Do cume enxerga-se a estrada
demarcada por respingos
da bebida que escorreu,
demarcada por pedacinhos
de trigo esfarelado.
É o sinal da volta,
senhora marcada.