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Cidades Desertas

Cidades Desertas
Ricardo Alves de Souto
mai. 23 - 1 min de leitura
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Cidades vazias deserto de concreto

O que levou a tão triste e abrupto caso

É um pesadelo e vejo um intenso inferno

Angustia ou pânico sinto mas sei o acaso

 

Procuro por todos os lados esquinas e rua

Não existem pessoas somente o chegar da lua

Me desespero e me coloco a gritar de temor

Meu peito aperta num pressagio da dor

 

Me pergunto aflito onde está o meu irmão

Só há o silêncio bem como pura solidão

Nenhum carro ligado lojas desfiguradas

Certamente estou sonhando na madrugada

 

Nesta ocasião tento acordar e me belisco

Sinto a dor e logo penso ter despertado

Tudo está igual e vazio próximo ao obelisco

Agora choro por jamais ter sido amado

 

Não suporto pois não há ninguém a falar

Mas só existe eco e lugares abandonados

Tento um escape e me ponho a cantar

Começo a correr e procuro meus amados

 

Será isto um pesado ou o real inferno

No mais amplo devaneio vejo um animal

Vejo no chão uma roupa limpa um terno

Não sei se este existe ou também é irreal

 

Dias caminho até chegar ao abismo

Não vejo ninguém apenas a solidão

Horas divagando se me jogo ao chão

Afinal o que me resta é só organismo

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