Minha Mãe.
Deusa Mãe
Meu verde e azul.
Minha paleta gigantesca.
São tantas possibilidades, infinitas cores e teores.
Meus ouvidos preenchidos, com suas músicas, toques instrumentais, naturais.
O bater de milhares de assas, pólens viajantes.
Sementes claras e escuras, que brotam vidas, até mesmo as raras e extintas.
Os brotos nascentes no rio.
Os brutos cavalos, selvagens animais.
O natural aroma florestal das flores.
Ó minha musa, deusa e mãe, escutais minhas palavras diante do sol que lhe abrange o verde que ainda lhe resta.
Ó minha mãe, deusa e musa, auscultastes e olhais tais palavras e orações ao fim da ascensão urbana tecnológica, onde avança sobre tuas terras.
Ó minha deusa, musa e mãe, inquiristes, vejais e escutais tais avanços de ignorâncias, implementadas e sustentadas no 'modelismo' geracional, populacional.
Que continua sem prever o fim teu.
Que continua prevendo o futuro ‘eu’.
Que avança sobre a própria espécie, e contempla o caos.
Aqui, agora, finalizo minha carta a ti e a todos os ‘eus’ do futuro. Espero que a cápsula do tempo aguente tempo suficiente para ser aberta por mãos e lida por olhos. Pois a primeira a ler esta carta é você.
A Terra.