No ventre da terra descansa
E germina a semente que ele plantou.
Nos calos visíveis nas mãos,
Dormem os sonhos que ele sonhou.
Os sulcos que rasgam o chão
São os mesmos que ele traz em sua face.
Na ferida aberta o verde
Eclode no silêncio da luz que renasce.
Suas mãos transformam a campina
E ele já não sente mais sua fadiga.
Pois logo tudo irá despontar
Então será a hora de colher e assentar.
A messe que tira dos campos
Celebra a vida pelas suas mãos.
A terra se aquieta e descansa
Enquanto espera uma nova estação.
Na mesa enfeitada de cores
Dos frutos colhidos pelo seu labor,
Faz dele um homem amante
Das coisas tão simples, mas de grande valor.
Sou escritora, cantora e compositora. Possuo vários contos selecionados em antologias - à venda pela Amazon e outros - como Amanda Kraft. Como cantora, compositora e artista plástica, uso o pseudônimo de Lamaris.