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1º Encontro da Juventude de Matriz Africana do Estado de São Paulo

D'Santos
abr. 4 - 3 min de leitura
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“ Para não uivar feito lobos ao rugir feito leões...”


-Sobre minorias: Mulheres negras, homo e transexuais são tão vítima quanto,
no que diz respeito ao genocídio da classe negra e pobre do Brasil!
Lutando contra o preconceito racial ou de gênero, se não vigilantes, podemos
nos tornar tão asquerosos quanto o mal que enfrentamos.
Empoderamento da mulher negra vai além da estética.
A mulher negra precisa da representatividade, da autoridade de si mesma,
sua independência, já que foram atribuídas incontáveis obrigações que vão
do cuidado com o lar, crianças e mantimentos à ser a maioria em ocupar
portas de presídios ou túmulos nos fins de semana.
Não deixa de sofrer um racismo velado, pois o branco ou a burguesia
“aceitam” o negro cristão, após o mesmo já ter aberto mão de sua identidade.
Será que o negro sabe que quilombola pode ser sua naturalidade, já que
muitos dos nossos se não estão atrás das grades, vivem uma subvida com
um salário que mal dá para pagar contas, e ainda tem que fazer o jumbo?
Sim, ao menos isso o sistema falho permite, mas alienado, quem vai correr
atrás?
A vida abaixo da linha da pobreza causa transtornos mentais da ponte pra cá,
morremos todos os dias sem ninguém ver, sem perceber, mudos, surdos,
cegos, alheios ao genocídio que vai além de carrear um alvo nas costas por
conta da cor da pele 24hs por dia.
Além do descaso e indiferença do poder público, que nos remete ao direito
vetado ao saneamento básico, nos deixando à mercê dos barracos de
madeira, amontoados em morros, barrancos, vielas e o uso desenfreado do
álcool e o tabaco, liberados no mercado, e drogas ilícitas que a fiscalização
de propósito permite a entrada no país, já que o mesmo mantém relações de
interesses com o crime organizado, o que dá ao Estado o enganoso direito
de através da polícia derrubar portas de barracos, assustar nossas crianças,
humilhar nossas mulheres, apontar para nossa cabeça e apertar o gatilho,
cantar os pneus de suas viaturas com a sensação de dever cumprido.
O Estado age erroneamente e dorme tranquilo, enquanto os nossos passam
noites em claro luto, ainda que no dia seguinte tenhamos que percorrer
quilômetros de ônibus, trem ou metrô para chegarmos ao trabalho, e fazer
cara de que está tudo bem.
Somos alvos até mesmo na busca do progresso de forma digna. Se você é
preto e mora na periferia e conseguiu comprar um carro, por exemplo, será
abordado muito mais do que se andasse à pé, e dirão que seu carro é
roubado, revirarão os bancos, rasgarão o estofado, enfiarão facas em seus
pneus, alegando que se você foi capaz de adquirir o veículo, pode muito bem
arcar com mais este prejuízo. Quando não jogam drogas lá dentro, lhe
atribuindo o crime de tráfico de drogas, não cometido por você.
 

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