Fui artista nômade entre 2017 e 2018, nesse período viajei por todo o país, convivi com pessoas de todas as formas, credos, e etnias, gente de todo o mundo que vinha visitar o Brasil, ou morava aqui. Nessa jornada experimentei a pluralidade humana em sua glória, como pessoas com pouco em comum conseguiam se respeitar e criar algo maior apesar das diferenças.
Isso me fez pensar muito em um conceito de identidade e de cultura cada vez mais fluído que temos hoje. Para além de todos os problemas, estamos compartilhando conhecimento e cultura com todas as partes do mundo.
Buscando expressar isso na minha arte, por acaso encontrei um velho livro de cartografia em um sebo e de súbito me veio uma sensação profunda, quando imaginei pessoas sobre os mapas, a história do meu país e a contemporaneidade. Então comecei a coleção "Nativo Urbano" que consiste em desenhar pessoas sobre mapas antigos, transformando a arte é um símbolo manifesto de uma consciência que preconiza o ser humano para além das divisões sócio políticas que nos cerceiam e segregam.
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