Existe um tempo em que precisamos comer para matar a fome de existir
e beber da água que corre nos verdes vales dos encontros para matar a sede de existir
Existem tempos em que temos que comer verdes os frutos dos prazeres para a prender a dizer não
e esperar a maturação de ser enquanto vemos árvores do viver desfolharem, e nuas florescerem cores e sabores de toda compreensão
A compreender raízes, que firmes ensinam a dançar no vento o tempo de manter-se, e firmemente entregar-se a Terra
que acolhe, gera, fértil doa, esquenta, pari, brota, cuida e naturalmente cumpre a sua missão.
De saber que a existência, por si, é plena
que chuva rega
calor floresce
no vento se dança
e música é tempo
que melodicamente traz o necessário para a expansão.