-Puxa, quanto tempo que a gente não se vê ao vivo!
-É.
-Você ainda está de máscara.
-Viciei.
-Ah, tira. Você é tão bonita.
-Depende. Você fez teste?
-Fiz, fiz. Beijinho?
-Um só e sem abuso!
-Tá bem... Mas, nossos filhos nem vão saber o que foi isso, concorda?
-"Nossos filhos"?
-É. Você sabe que eu sempre fui doido por você.
-Hmmm... Vamos com calma.
-Por que? Eu sei que você também é doida comigo...
-Até que era. Mas, depois disso tudo minha visão do mundo mudou.
-Como assim?
-Tenho novas perspectivas sobre a vida, sobre a importância de ajudar as pessoas e acostumei a ficar sozinha.
-Ah, que isso! As pessoas se viram e esse costume a gente perde rapidinho.
-E você continua minimizando tudo, né?
-Não! Você é que maximiza minha vida. Vem cá, vem!
-E continua o galinhão de sempre. Mas... De qualquer jeito, foi bom te ver.
-Peraí, vai não!
-Fui.