esse coco da tarde
que você vê
é apenas a suça
lá no fundo do terreiro
rufando
sussurando em mim
um canto ritmado
no abrir da casca
outra tarde
aquele som nosso
que tangia para longe
o mormaço
que quer invadir
nossos quintais
do sensível
na voz da matriarca
o coco pra se comer
o som pra se fazer
o sol pra se surgir
o cofo repleto
de conhecimentos
e sentimentos
que fortemente
cresceram em mim
que suavemente
reside em nós