O tempo que me diz quando tudo vai acabar?
Outro dia pensei que era hoje, ontem foi o agora;
E o depois já passou....
Suspiro na vontade de existir e em cada aspiração;
Um tempo foi e outro está vindo;
Sigo sorrindo;
Acelerado, inquieto e inconstante;
Ufá!
Que instantes retilíneos, uniforme, agitado;
Estou parado, inerte e sem vida;
Revejo por vários pontos;
A minha presença no espelho;
Lasco um rugido;
Entre caretas e pedidos;
Ouço a minha voz que grita:
- Onde está o tempo que se evoca em meus ouvidos?
Me agonio com a vontade de pular o Muro;
Descer as escadas, escalar da janela;
Só par ir à rua, e dizer algo....
Sentir a presença do outro;
Conhecer alguém;
Abraçar um estranho;
Espalhar meu sorriso;
O choro de nascença que me trouxe a vida,
Fez liberdade das minhas palavras;
Que hoje contidas por pedaços de pano;
Me desfiz como ser humano;
Deixei de expressar como me sinto;
Suplico, aos Evereste que me liberte da peste;
Não abro a boca mais;
Calei-me diante do horror;
Compadeci do normal;
Fiz descaso da voz;
Que não me escuta, nem procura;
Tudo culpa do tempo que determina sem avisar,
Que manda sem aconchego,
E que devo e obedeçor,
Ao chegar a hora de amanhecer junto ao sol;
E gritar – Bom dia, a alguém.