No meio do caminho havia uma poesia de palavras simples,
Mas que trazia um pulsar de vida na delícia de ser lida.
Na escrita do gauche no tempo identifiquei-me numa infinidade de sensações
E percebi que meus ombros insistem em suportar as dores mundanas...
Desde a adolescência releio o questionamento profundo de José.
Por qual motivo manter milhares de vezes contato com o filho de Itabira?
Pela razão que tudo nasce de novo nas histórias de seu vasto mundo.
Suas rimas encaram singularmente o amor e a mão suja que precisa ser cortada.
A sua máquina do mundo alimenta o colo solitário da auto-reflexão,
Questiona os paradoxos humanos e alarga o mais íntimo viver.
Quem mergulha nos enigmas caprichosos de Drummond,
Encontra uma multiplicidade de vozes,
Enxerga todo o lirismo que há em cada um de nós!