A natureza, isso que identificamos como invenção não humana, as plantas, as árvores, os jardins, as florestas, os animais outros, embora possam existir pela ação humana, no entanto, sabemos que não estão entre as invenções humanas. Não estão entre as invenções humanas repito, a nossa vida e a dos outros animais e vegetais e as nossas formas de reprodução dessa vida, as montanhas, os oceanos, os rios, as rochas, as chuvas, o sol, o dia, a noite, a morte. A natureza física do planeta nas suas várias dimensões não é uma invenção humana. Contudo, as transformações que ela vem sofrendo sim, não há novidade nesta afirmação. Temos modificado a natureza do planeta desde que começamos a caminhar sobre suas terras conscientes de nossas necessidades que não seriam supridas apenas com o ar que respiramos. A sede, a fome, a necessidade de abrigo e proteção, pode-se dizer, encontram-se entre essas necessidades físicas primárias porque não se pode dizer que havia incentivo capitalista para o consumo para estes primeiros passos conscientes sobre o planeta. Nada que fizemos sobre a terra desde nossas primeiras caminhadas isentou o planeta nem a nós mesmos dos impactos. Nossa luta sobre a terra tem sido em primeiro lugar, uma luta contra a natureza viva e exigente do planeta que inclui a nossa própria. Essas existências precisaram de regras de convivência, talvez se estudarmos as primeiros expressões da comunicação humanas vamos encontrar pistas. Sem saber como lutar contra os poderes do planeta, homens e mulheres foram criando estratégias de defesa e imaginação. Este legado precisa de nossa atenção.
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"O lado oculto das paisagens"
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