Ele chegou, submergindo minha mente outrora triste
Me perfilhou e adotou meu coração enquanto subsiste
Houve tempos que ousei ter encontrado o ensejo de viver
Foi esplêndido, quiçá único, aquele baque que trouxe você
Estação em que as cores se graduaram, um arco-íris de vida
O sol era estrela, bem como a realidade da púbere despedida
Dor, o que almejar após seu amor ter sido de ti arrebatado
Após viver no seu sangue, por átrios e ventrículos atravessado?
Perfunctória passagem de um anseio que reproduz a vida
Que jamais entenderá o pretexto, o razão da súbita despedida
Como pude ter sido recusado de uma aliança incondicional
Ser capinado do amor que batia no meu peito sentimental?
Enigmático algoritmo de uma vida que não resguarda o amor
Que o arrebata, te toma dos braços, lacrimado tamanha a dor
Eis que agora hei de viver sozinho, com você na minha reflexão
Até a hora da melancólica despedida retratada na mais bela canção