Da janela da minha alma
avistava meu jardim,
nele não era depositada mais confiança,
as palavras ouvidas sobre ele
eram de desânimo.
Evitava falar dele,
com o coração resignado,
já havia desistido.
Pensava que aquela terra
não era fértil.
Solo árido, ali não seria capaz
de nascer a mais singela flor.
Borboletas, libélulas, abelhas...
nem o visitariam,
nem trariam a felicidade
que eu queria
para o meu viver.
O mal como uma erva daninha surge
e ao mesmo tempo,
eis que no jardim esquecido
a semente germinou,
um sinal para não se perder a fé.
Regada com muita amor
ela cresceu forte
e o meu jardim se alegrou.
Em meio a tantas despedidas...
Meu jardim hoje,
celebra a vida
e nos olhos de uma criança
cultiva a esperança.