As minhas noites deixaram de ser noites para ser final dos tempos.
Em obscuridades, busco a mais tola superficialidade da vida mundana.
Entretanto, paradoxalmente, em monólogos de Narciso, inexpugnável em minha angústia, me lixo para os artifícios.
A solidão nos estupra.
O medo nos esbofeteia.
A melancolia nos acaricia.
Embriagada de realidade, me pergunto: – Em 2020 teremos vivido uma morte viva?
Num átimo de segundo passo da reflexão ao desvario.
Vou do rigor racional ao fundo do coração.
Entretanto, cada uma destas perspectivas é fragmentária.
Persiste uma sombra querendo ser luz, por trás das palavras.
Um ápice silencioso que propague seus ecos.
A plena consciência do efêmero me grita um algo mais para além dos limites dos sentidos.
O mundo inteiro, hoje, passa pelo crivo da eternidade.
Ironicamente ,um vírus devorador a ultrapassa e a subverte.
Primeira Chamada de Narrativas Socioeducativas INfluxo –
Quarentena: Lições para Vida,