Então eram 4:14 da manhã.
Acordei, pois na dianteira uma prova havia de se fazer,
Nesse tempo tomei minha bagatela viciante para dormir
E tive um sonho, o qual nunca deslembrei.
As serpentes rastejavam em direção de casa,
Os homens estranhos de semblante escuro olhavam para mim,
Até que um anjo apareceu ao meu lado
E decidira partilhar uma de suas “trocentas” experiências.
Chamando-me com sua bela voz de canto e chamuscada,
O seu olhar comum o tornavam quase que um simples humano,
Sua virtude estava nas palavras ligeiras que saiam de sua garganta,
Com as cordas vocais que atenuavam a fonética,
Audível apenas para mim.
Me contou a historia de um bombeiro, um homem bom;
Que assim como vários que me apresentara ali,
Realizavam um contrato com tal anjo,
Contou-me que Deus fazia um contrato em nossas vidas,
Que depois de uma certa e revigorante experiência.
Que variadas circunstancia escolhera entre o que doar da vida e no que pertence a dela, tamanha a tal complexidade, que te submeterá apenas a derrota.
- Logo pensei: “Seria uma ocasião de derrota divina? “
O bombeiro tinha duas simples e horrendas escolhas:
Ou ele morreria como herói,
Ou ele teria uma vida simplista,
Mas seus sonhos futuros seriam abandonados.
Se escolhesse morrer, a pessoa que mais amasse sobreviveria;
Se escolhesse viver, a pessoa que mais amasse o esqueceria.
Porem de forma poética e não menos singela,
Aquele espaço seria preenchido com conquistas pequenas,
Até mesmo medíocre nos pontos emaranhados.
Com muita delonga, decidira sobreviver e pagar com a tristeza eterna,
Pois no fundo sabia que sua amada estaria plena,
Porém ele, saberia que seu coração seguiria escalpelado
Por uma vida sofrida aceitando o destino e o bem dela,
E poderia acompanha-la de longe, não apenas da distancia,
Mas de seu coração.
Agora entramos em um carro preto,
E o anjo me perguntou:
- “Neste seu matinal alheio, sua vida é tão medíocre quanto a que foi deste bombeiro amargurado? “