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Matinal (Conto)

Matinal (Conto)
Bruno Schaeffer
dez. 10 - 2 min de leitura
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Então eram 4:14 da manhã.

Acordei, pois na dianteira uma prova havia de se fazer,

Nesse tempo tomei minha bagatela viciante para dormir

E tive um sonho, o qual nunca deslembrei.

 

As serpentes rastejavam em direção de casa,

Os homens estranhos de semblante escuro olhavam para mim,

Até que um anjo apareceu ao meu lado

E decidira partilhar uma de suas “trocentas” experiências.

 

Chamando-me com sua bela voz de canto e chamuscada,

O seu olhar comum o tornavam quase que um simples humano,

Sua virtude estava nas palavras ligeiras que saiam de sua garganta,

Com as cordas vocais que atenuavam a fonética,

Audível apenas para mim.

 

Me contou a historia de um bombeiro, um homem bom;

Que assim como vários que me apresentara ali,

Realizavam um contrato com tal anjo,

Contou-me que Deus fazia um contrato em nossas vidas,

Que depois de uma certa e revigorante experiência.

Que variadas circunstancia escolhera entre o que doar da vida e no que pertence a dela, tamanha a tal complexidade, que te submeterá apenas a derrota.

- Logo pensei: “Seria uma ocasião de derrota divina? “

O bombeiro tinha duas simples e horrendas escolhas:

Ou ele morreria como herói,

Ou ele teria uma vida simplista,

Mas seus sonhos futuros seriam abandonados.

Se escolhesse morrer, a pessoa que mais amasse sobreviveria;

Se escolhesse viver, a pessoa que mais amasse o esqueceria.

Porem de forma poética e não menos singela,

Aquele espaço seria preenchido com conquistas pequenas,

Até mesmo medíocre nos pontos emaranhados.

 

Com muita delonga, decidira sobreviver e pagar com a tristeza eterna,

Pois no fundo sabia que sua amada estaria plena,

Porém ele, saberia que seu coração seguiria escalpelado

Por uma vida sofrida aceitando o destino e o bem dela,

E poderia acompanha-la de longe, não apenas da distancia,

Mas de seu coração.

 

Agora entramos em um carro preto,

E o anjo me perguntou:

- “Neste seu matinal alheio, sua vida é tão medíocre quanto a que foi deste bombeiro amargurado? “


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