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A liberdade de um poeta

A liberdade de um poeta
Tamires Castro
dez. 28 - 2 min de leitura
010

Dizem que quando você deseja algo desesperadamente o universo conspira a seu favor. Eu queria desesperadamente que as aulas voltassem a ser presenciais, que os casos diminuíssem em nosso país, que a mídia fosse mais parcial, que a população lutasse por seus direitos e que todos que eu conhecia ficassem bem.

Em um ano em que parecíamos estar em uma montanha russa, cheio de altos e baixos, algumas coisas se concretizaram outras não.

Mas foi no final das minhas férias de julho, no calor de Goiás que eu concretizei algo que definitivamente não estava nos meus planos. Decidi pegar um livro que estava em minha estante: um livro de poesias. Mais precisamente, um livro que era recheado de poemas feitos por autores iniciantes e que foram escolhidos a dedo, após um concurso ter feito a triagem inicial. Como o Google é mágico o suficiente para me direcionar as repostas certas, pesquisei por concursos literários que estavam abertos e para a minha surpresa lá estava um concurso de contos de amor que iria terminar em 3 dias. Eu não sabia se iria participar, pois nunca tinha escrito um conto antes e também não queria escrever algo muito clichê ainda mais envolvendo romance. Até que um dia antes, voltando para casa após uma caminhada eu tive uma inspiração do que eu poderia escrever. Repassei palavra por palavra, para tentar não esquecer e coloquei tudo na folha do papel, ou melhor dizendo, no word conforme a formatação que a editora pedia.

Algumas semanas se passaram e eu recebi um e-mail dizendo que meu conto tinha sido aprovado. Talvez possa parecer um gota no oceano de tantas coisas que ocorreram durante esse ano, mas para mim significou muito mais do que um simples conto. Me fez ver que o ato de escrever independente do que seja e com qual finalidade pode ser sim libertador. A escrita me libertou e continua fazendo muito bem o seu papel em meu cotidiano.

Por isso para o próximo ano, eu desejo a todos que cada dor se transforme em versos, agonia em estrofes e a negatividade em poemas e que de estação em estação, possamos encontrar o equilíbrio interno e a paz interior que tanto almejamos.


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