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HOMEM NEGRO

HOMEM NEGRO
Ângelo Oliveira
dez. 24 - 1 min de leitura
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Não nascera sabendo que era homem. E assim se fez. Um conjunto de elementos simbólicos puseram-se na frente e como se uma voz que não viera de dentro o fora devolvida na forma eco. Há quem questione a sombra que assume a própria forma corpórea? E tudo parecera meu... As muitas representações me encaparam os ossos como se de mim nascera. E assim me fiz homem, frente ao espelho quebrado que em cada pedaço refletia um todo distinto!

Assumida a forma hominizada, não se fizera perceber-me retinto. Não se houvera percebido estranheza na cor. Sim, a diferença fora sentida mas, onde estaria o defeito? Onde estaria o opróbrio? Conviver não se lhe fazia perceber estrangeiro até que lhe fora ensinado a ignomínia da distinção. A partir de então, homem negro o formou! Todas as agruras, infortúnios, dores e temores pareciam cortinar a visão. Até que rasgar a carne que se lhe amalgamara fora a saída para o nascimento negado. E no segundo nascimento saltam-se lhes as escamas dos olhos. Assim, homem negro passara a ser AQUELE QUE RENASCE.

 


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