QUANDO SENTO EM FRENTE
E OLHO AO LONGE
LÁGRIMAS ESCORREGAM
DE MINHAS BOCHECHAS
E
SALTAM EM MEU COLO
PERCORRO PEQUENO-GRANDE
CAMINHO
ATÉ TI
SENTO NA MARGEM
DOCE
GOSTO
MORNO
OLHO
O QUE NÃO
VEJO
ESTRANHA PELE QUE
HABITO A TERRA
NÃO DESÁGUA
NEM É DIA
NEM É RIO
NÃO É ÁGUA
SINTO SÓ O SOL
SOLANDO CORPO
FAZENDO A FORMA
FORMANDO SAL
COMENDO OLHO
QUANDO PERCORRO VEJO SINTO
O OLHO QUE NÃO VER
A PELE QUE NÃO HABITA
O SOL SOLANDO DIA, RIO E ÁGUA
MINHAS BOCHECHAS MERGULHAM
NAS LÁGRIMAS
É GRANDE-PEQUENO O CAMINHO DE
VOLTA
DOCE É O GOSTO MORNO DA
MARGEM
LEVANTO