Das entranhas da terra de fogo, do amor
Dessa primeira república negra com o coração destruído pela dor
Mãe patria, com a história deslumbrante mais com o destino e a alma enfraquecidos pela raiva da colonização devastadora cheio de rancor
Foi "Christele"o nome que me foi atribuído como muitas da minha cor
Nascida ao crepúsculo do Natal esse apelido
Foi para me aproximar do nome do Cristo
Na barriga do lar patriarcal recebi "Fanfan" de um pai que renunciou já depois do seu dever maravilhoso
A mesma atitude de vários considerando-se covardes famosos de abandonar medroso o filho
Saindo cedo da casa, meu Haiti, soprando minhas 22 velas
Com o bagagem cheio de incerteza, porém de determinação, por ter tomado as mamas
O mundo queria conhecer, conhecimentos queria empacotar, apaixonada pelas culturas
Mais meu cabelo, meus aspectos afros, minha pele e origem provocaram discriminações e chuva de racistas
Eu Como depois de ver minha mãe ir embora da terra um pedaço do fruto da tristeza e da nostalgia
Que foi nesse momento com 17 anos plantado no jardim do meu dia a dia
Comecei a lutar para avançar, ser melhor dedicada para apoiar minha pequena florirmã
Para um futuro e fazer brilhar de novo as estrelas da minha pátria reconstruir os sonhos, o prestígio. Dos meus irmãos, compatriotas no labirinto da imigração destruidora
Somos muito no barco com bolso e sacola de coragem, talentos, vontade e coração grande
Que infelizmente nem o mundo sabe receber como vale como deve
Mais sempre no olho uma visão de mudança enorme
Colocando de pé nossa união, cuidando das nossas flores de esperança, alimentando nossa força e fé
E nunca voltar para atrás na mão da escravidão ignorante