Invisível Escravidão nos traz uma reflexão profunda de quem somos nós, nesse planeta 100% natural, onde reina entre todas as formas viventes o vegetal. Aborda temas da responsabilidade que temos com todas essas coisas que adquirimos fora do mundo natural, toda essa superficialidade externa a nós de insumos e mercadorias, e toda essa industria digital e cultural em que nascemos. Acordem! Despertem! Todo o poder está em nossas mãos, todo poder é baseado na transferência da demanda de bens e valores. Todo poder está no consumo. Se individualmente nos conscientizar desse poder, e, dessa forma, contagiarmos o outro/a ao nosso lado, faliremos esse sistema podre e falido. Por isso, eu sempre bato na mesma tecla da sustentabilidade. Pois, ela é a solução para o problema. O poder estar em suas mãos! Plante seu alimento, e você falira a Indústria Alimentícia e o cancerígeno Agronegócio. Costure suas roupas, e você falira toda essa indústria da Moda e vestuário que escraviza as crianças nos países pobres. Manufature seus objetos, instrumentos, utensílios e esse mercado podre escravagista falirá. Gandhi na libertação da Índia nos demostrou que isso funciona, ao pedir a população que parecem de consumir os produtos do Império Britânico, em sua ascensão ao capitalismo industrial. Você tem o poder! Se você parar o consumo, desligará a máquina industrial, comercial, empresarial, religiosa, midiática e política, pois ela se alimenta da sua energia. Hoje posso afirmar para vocês, que a verdadeira revolução é plantar o seu próprio alimento e manufaturar suas vestes, instrumentos e utensílios. Se quiser fazer a revolução verdadeira e eficaz seja sustentável, e pregue a sustentabilidade, pois o resto é balela para tapar o sol com a peneira. DESPERTE!!!
Invisível Escravidão
Featured : Jp Santsil
Music by : Jp Santsil
Lyrics : Jp Santsil
Recorded at : Quilombo Moderno
Mix by : Jp Santsil
Mastered by : Jp Santsil
Visual by: Lubomir Arsov
LETRA:
Caminho pelo asfalto dessa selva de concreto
Me desvio das pessoas que circulam pelos prédios
Paro na sinaleira observando o semáforo
O sinal está vermelho e o meu corpo está parado
Já do outro lado além da faixa de pedestres
Pessoas robotizadas pela maneira em que se vestem
Esperando o piscar do sinal esverdeado
Nos dando o privilégio de caminhar em frente aos carros
Passos acelerados ao caminho do trabalho
Olhar indiferente como se estivesse mergulhado
No submundo do profundo coletivo inconsciente
Inúmeras problemáticas que preocupam toda gente
Mas o que fazer se o crime foi perfeito
Assassinaram o real e iludiram o sujeito
Suplantaram a realidade simulando referências
Mataram a verdade publicando falsas crenças
A imagem do reflexo que supõem a realidade
Falsificada, adulterada numa vã publicidade
Em uma tela de valores assassina do real
A ilusão e a fantasia que vivemos é o normal
Sigo pela frente observando toda gente
Robores orgânicos controlados pela mente
Maquinas de carne e osso que evoluiu do animal
Habitantes do concreto que substituiu o natural
Vejo plástico em vez de folhas circulando pelo vento
Vejo holofotes luminosos ofuscando o firmamento
Paisagens naturais em resmas de papel
Não mais vejo o por do sol por causa do arranha-céu
Nessa concretização de aço, vidro e cimento
O natural é uma árvore que não passa de ornamento
Constantemente sendo podada ao longo do seu crescimento
Para não tampar a vista do apartamento
Vejo uma multidão de uma superpopulação
O aumento do consumo e a industrialização
Quase oito bilhões de pessoas em todo mundo
Apenas 20% consome 80% dos recursos
Esses 20% são os que habitam o hemisfério norte
São os que geram todo lixo, poluição e toda morte
Enquanto isso 80% da população mundial
Tem apenas 20% do recurso natural
Esses 80% são os que habitam o hemisfério sul
São aqueles países pobres arrodeados de urubus
A abundância dos bens de consumo industrial
Frequentemente é considerada o sucesso capital
Símbolo de uma economia em grande expansão
No entanto sua demanda gerou toda poluição
Os bens em toda cultura manifesta os valores
Cargos, posição, dividendos e credores
Não sendo atividade neutra, individual ou despolitizada
Ao contrário o consumismo é o que me mata, é o que te mata
O consumista manifesta sua maneira de ver o mundo
Ecologia, valores éticos, escolhas políticas está no consumo
Amplamente influenciada pelo estilo de nossas vidas
A publicidade se expandiu nos transformando em consumistas
O consumo se transformou em compulsão e um vício
Estimulado pela força de um mercado característico
Produzindo carências e desejos materiais falsos
Eu sou reconhecido pelo que visto, pelo que calço
Pelo meu smartphone, pela minha casa, pelo meu carro
Por aquilo que consumo estimulado no mercado
E assim vou vivendo sempre me auto avaliando
Pelo que tenho, pelo que trago e consumo todos os anos
Mas é muito difícil estabelecer agora um limite
Entre o consumo e o consumista, entre a marca e a grife
O que é básico para mim, pode ser supérfluo para você
O que é supérfluo para você é o que vai me entreter
Até mesmo o tempo livre e a felicidade são mercadorias
Que alimentam esse ciclo do consumo todo dia
O individuo é reduzido ao papel de consumidor
Sendo cobrado por uma espécie moral e cívica de valor
O consumo é o lugar onde os conflitos entre classes
São originados desigualmente na produtividade
Ganham continuidade através da desigualdade
E na distribuição e apropriação em porcentagens
Às vezes eu me sinto um rato de laboratório
Dando voltas em gaiolas estimulado pelo que olho
Vendo aglomerações em torno das fábricas de alimentos
Demandando suprimento para quem não produz o seu sustento
Métodos artificiais, fertilizantes, pesticidas químicos
Manipulação genética, hormônios para o crescimento físico
Se de um lado tais práticas aumentaram a produção
Do outro lado vem causando danos a população
Agrotóxicos e mono-cultivos favorecem o desiquilíbrio
Das pragas, doenças, plantas, ervas daninhas e micro-organismos
O controle biológico é a solução para esse mal
Utilizando a cadeia do seu inimigo natural
Devido ao conhecimento de como aplicar o meu pensamento
A essência de minha vida não vou mais interrompendo
Quando eu digo, EU CONSIGO!, sentindo profundamente
Algo em mim explode rompendo a cápsula da semente
Controlando minhas palavras, observando meus sentimentos
Buscando a virtude de viver a cada momento
Através de muito séculos de ignorância e incompreensão
Carregamos falsos conceitos de uma invisível escravidão
Anulando nossa alma, aniquilando nossa divindade
Ofuscando o coração, apagando a VERDADE!