Dá-me
Um pouco
Da tua caça
Da tua bebida
Que eu tenho sede e fome
De que tudo passe
E logo
De esquentar
Os caminhos
Para a esperança
Chegar depressa
Dessa gente, que sobrevive
Com o pouco que se põe
A mesa, os pratos de plásticos
Que são mais numerosos
Que a comida, da dispensa
Dá-me
Um pouco
Da tua riqueza
Da tua bebida
Da tua beleza
Que eu tenho sede e a fome
De que tudo passe
E eu fique
Com um emprego
com os insumos pro corpo
pra vivência não sofrer
sem ter nada
nem o que fazer
Dá-me
um pouco
da tua cachaça
eu tenho, sede e fome
De que, está noite passe
Que eu preciso acordar
Estar de pé, amanhã
Bem cedo, não faltar
O que comer
O que beber
Que eu arranjo um cesto
De frutas e te ofereço
em teu nome: Mojubá