Meu profundo e incansável interesse pela literatura, acompanhado da minha ardente paixão por colecionar não apenas livros, mas também os artefatos e objetos que orbitam em torno das diversas esferas do conhecimento humano, constituem as minhas vias de escape das infindáveis ruminações mentais que assediam a mente inquieta que sou. Tenho uma convicção inabalável de que, sem o amparo da literatura, a minha jornada em busca de respostas e na incessante tarefa de decifrar a própria existência, assim como de confrontar as profundas indagações que assolam a condição humana, seria infinitamente mais árida e solitária.
Os dilemas que permeiam a experiência humana são, por sua natureza intrínseca, dotados de uma beleza poeticamente inata. Através das diversas manifestações artísticas na literatura, encontramos a capacidade de transmitir e conferir nomes aos nossos tormentos internos, tecendo um elo entre o íntimo e o universal. É na narrativa verbal, nesse intricado jogo de palavras e emoções, que alcançamos uma compreensão mais profunda das complexas nuances das nossas manifestações psicológicas, mergulhando nas profundezas do nosso próprio ser.
Embora minhas raízes intelectuais estejam ancoradas nas fórmulas científicas que buscam desvelar o estado natural da existência, a literatura, em sua totalidade, abraça um vasto e multifacetado espectro de temas. A superficialidade aparente que poderia ser atribuída ao seu vários desenvolvimentos, à primeira vista, não passa de uma ilusão. A literatura geral está longe de ser uma mera superfície distante do padrão intelectual; ela é, antes de tudo, uma tapeçaria intricada, onde cada fio, cada aspecto, cada manifestação, é uma faceta valiosa do pensamento humano e uma parte intrínseca de uma mesma e grandiosa arte que celebra a própria essência da nossa humanidade.
