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ARES DE LIBERDADE

Deunice Maria Andrade
nov. 9 - 1 min de leitura
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ARES DE LIBERDADE
 (Deunice Andrade)
Ares de liberdade exalam onde não se vê,
olhai o pendor onde mora a insegurança.
Ares de liberdade batem asas ao vento,
onde a esperança declina entre outeiros.
Mora lá, sais e água alimentos da planta,
lenho e lenhador se fez madeiro,
embarcação e remo a cruz de cristo.
Ar de liberdade anunciou o bem te vi,
em bando as andorinhas fizeram o voo.
lá esconde a esperança sem contraste...
Não sei de onde veio nem para onde vai,
lá nesse lugar é soberana segurança.
Ar de liberdade silencia a dor que naufraga.
No horizonte fiz minha casa
o pássaro teceu seu ninho lá.
Tracei meu destino desfiz o terror,
deixei para trás o obscuro desgosto.
Ares de liberdade vêm com maresia no ar
em águas bravias a dor afunda com âncoras.
Na falta de coragem deparo com outra face,
desbravando juntas ares de liberdade.
Pedaços de lenhos calcados na terra,
destroços espalhados onde o medo venceu.
Olhei o que havia na alma depois da brisa mansa,
saí do lado de fora da casa que eu habitei.
Retornei para dentro de mim e encontrei...
A fortuna exímia se fazia excelência.
Pus a minha vida em minhas mãos,
desprendi da dependência do outro...
Ao moldar a sorte dura foi convertida.
Brilhou o cristal derretido com brandura...
E foi aí que senti no rosto,
 “Os ares de liberdade”.


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