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Antes, durante, depois... E agora?

Antes, durante, depois... E agora?
Sérgio Santos Marques
dez. 29 - 3 min de leitura
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Nós somos uma síntese de todas as nossas ações ao longo da vida. Não vou contar tudo, só uns trechos.

Após participar da revolução comunista na América Latina, vi mitos e dogmas ruírem, generalizando uma dúvida, que foi mais se agravando.  Até que um dia em janeiro de 1984, em uma roda de artistas, após uma pintura mural coletiva surgiu um “baseado”.

Dei umas tragadas e fiquei tripudiando silenciosamente, achando irrelevante aquela febre de luzes no canto dos olhos. Quando quis me levantar, fiquei tonto, em meio a um turbilhão de pensamentos tormentosos como uma represa transbordante, arrombada. Imediatamente, tive consciência do caminho que acabara de adentrar e que não existiria mais volta, a partir daquele instante eu estava marcado pelo estigma de minha própria consciência.

Anos depois, vim a entender que sofrera um surto psicótico causado pelo THC. Durante 4 horas sofri uma intensa iluminação psíquica ou espiritual, que esclareceu as minhas dúvidas, mostrando um mundo muito mais simples. Fui demolindo minhas convicções pessoais de soldado da revolução, materialista dialético e estudante de Direito. Desliguei-me do Partido Comunista Prestista e saí da Faculdade de Direito, para me dedicar de corpo e alma ao desenvolvimento do Conceito de Armonia.

Depois de 4 horas o surto abrandou, consegui de locomover até em casa, aonde cheguei com a expectativa de dormir e aliviar a aflição. No outro dia acordei com a sensação de saber o que sabia, mas muito assustado quis negar me perguntando perplexo, pode ser o Universo tão simples assim?

Vivi uma demolição psíquica, eu era o mesmo, mas, como uma tripa virada, estava em escombros. Ao longo dos anos, firmei a convicção da iluminação que recebi, retirei-me do mundo para dedicar trinta e dois anos da minha vida, a estudar e escrever um livro sobre as quatro horas extasiantes que vivi. Concluí em 2016 o Conceito de Armonia. Achei que não conseguiria, mas consegui escrever o livro sobre a inteligência Primordial, que existe plasmado em cada ser e fenômeno.

Achei que era minha obrigação testemunhar o que vivi, penei muito para concluir, mas concluí, o livro existe, porém não é publicado nem tem a devida apreciação de suas ideias.

Após passar a ressaca desses momentos tormentosos, no começo do ano de 2020, firmei o propósito de divulgar as ideias do livro, porem, simultaneamente sofri um acidente de moto, onde quebrei três costelas, foi anunciada a pandemia do Corona Vírus e o início da quarentena. Fiz um recolhimento para ninguém botar defeito. Percebi após reflexão que deveria divulgar o Conceito de Armonia. Resolvi mostrar a primeira parte do livro, o  Observatório de bolhas de sabão, do qual fiz um pequeno filme, “Bolha como microcosmo” que foi selecionado para a Exposição Virtual Arte em tempos de Covid-19, promovida pelo Museu de Artes da UFC (MAUC) entre abril e junho de 2020.

Hoje, denunciando o homem civilizado como o fundamentalista da Razão Instrumental, negando o antropocentrismo, afirmando que o homem não é o centro do Universo, estou dedicado a desenvolver este caminho, como parte da estratégia para propagar e difundir o Conceito de Armonia.


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