Passa o tempo
tempo passa,
toma assento
toda a massa.
Passa o tempo
forte avança,
povo fraco
na ignorância.
Passa o tempo
o forte ganha,
povo covarde
só apanha.
Passa o tempo
que não se rende,
maldito o homem
que não aprende.
Passa o tempo
chove agora,
chora o povo
sem memória.
Passa o tempo
tempo e história,
faz a história
a escória.
Passa o tempo
fim do burgo
e o pária
não expurgo.
Passa o tempo
cai a folha,
o ignorante
faz a escolha.
Passa o tempo
corre o vento,
sofre o homem
sem alento.
Passa o tempo
roubam a calma
faz a escolha
um eu sem alma.
Corre o tempo,
olhos vendados.
Sem justiça
morre o Estado.
Voa o tempo,
segura a balança,
necrosa o velho,
morre a criança.
Some o tempo
rompe a balança
segura a espada
símbolo da vingança.
Sem mais tempo
morre a história,
sem justiça
prolifera a escória.
Cresce a escória
morre a Paz,
no sepulcro
a Lei jaz.
Tempo passa,
tempo passou.
Só destroços
que restou.
Poesia censurada em 2014 em virtude de ter sido em homenagem aos políticos brasileiros e ao STF às vésperas das eleições. Posteriormente, em 2019 foi selecionada no Concurso de Poesias do COVIL DA DISCÓRDIA.