E eu que estava triste, não mais discernia a beleza
Da vida, do sol, da lua, das flores em plena natureza
Eu que já não acreditava na alegria, essência do viver
Hesitava sobre o amor, a razão de um novo florescer
Já não podia ser amado, esvaindo o imo de sonhar
Na suntuosidade dos sentimentos, não podia amar
O bálsamo das melhores fragrâncias eram indolentes
O anseio do mais delicado doce não alegrava a mente
E quando pranteava, o coração fenecia em tênues colisões
E ao dedilhar as mais belas notas não mais amava as canções
Já imerso na melancolia, me restava dolentes lamentos
Semelhava o fim de uma mente brilhante, dos sentimentos
Quando a vi, cabelos anelados, sorriso maroto, tudo mudou
Instante em que o amor germinou, acendendo o coração, sem dor,
Divina, imensurável era sua beleza, seu cerne, sua natureza
Logo a amei, meu coração sorriu, já não havia mais tristeza