Fifizeira de mão cheia, que não sabe se conter.
Gosto de falar da vida alheia, é o que melhor sei fazer.
A minha vida parece perfeita não tenho o que dizer.
Mais dos outros tem muita graça, é o que mais me distrai.
Se precisar vou a praça, para saber sempre mais.
Falo mesmo quando não tenho certeza
O babado não posso perder, gosto de ser a primeira a contar e a saber.
Já acostumei tanto, que nem peso na consciência tenho mais.
Na minha opinião tem pecado piores que muita gente faz.
Falo mesmo, sei que fazem o mesmo comigo.
No mundo não sabemos quem realmente é amigo.
As vezes da vontade de gritar bem alto:
- Vamos todos parar!
Pois de tanto falar e criticar muita gente chega a se matar.
Mais logo essa vontade passa e faço tudo de novo, esse vício não da para acabar.
Quando penso que não, ja estou falando; do ciclano ou beltrano, da vida dos outros, e eu sempre ganho.
Ganho informação e fico antenada, tem muita gente por aí que não sabem de nada.
Que graça tem, não saber da vida de ninguém.
E assim vou vivendo, com os erros dos outros aprendendo.
De hipocrisia me enchendo, pensando não ter importância.
No final de tudo é que vem a tona toda essa falação, A boca fala do que está cheio o coração.
E para a fifizeira que sou eu, me encho da vida dos outros, e sobrevivo os dias com o vazio da minha vida...